A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), que investiga a atuação da Vale no Pará, ouviu na terça-feira, 24, o presidente Executivo de Jurídico e Tributário da empresa, Alexandre Silva D’Ambrósio e de Marcello Spinelli, Diretor-executivo de Ferrosos e Carvão, em depoimentos nas oitivas, na Assembleia Legislativa do Pará (Alepa).
A convocação dos executivos foi mantida pelos deputados membros da comissão, após a mineradora informar que não poderiam comparecer na terceira oitiva da CPI, marcada para última terça (17).
Em julho, Alexandre Silva D’Ambrósio não compareceu alegando problemas de saúde, por meio de atestado médico.
Na ocasião, o presidente executivo, o responsável pelo setor de Ferrosos e Carvão, Marcello Spinelli, também não compareceu. Portanto, já são dois representantes da mineradora que faltaram aos depoimentos.
Em junho, o primeiro executivo convidado da empresa, o diretor tributário Octávio Bulcão Nascimento não compareceu presencialmente, participando remotamente, justificando também problemas de saúde.
Em documento enviado pela Vale à comissão, a empresa confirmou o comparecimento presencial dos executivos, destacando que ambos pretendem contribuir com os trabalhos em curso na medida dos conhecimentos pessoais de cada um.
Durante a oitiva, a expectativa dos deputados é buscar explicações sobre os motivos para a Vale investir em siderúrgica no Complexo Siderúrgico do Pecém, instalada desde 2016, em São Gonçalo do Amarante (CE) e não em municípios do Pará, de onde são extraídos os minérios, transportados e processados para o nordeste.
Os investimentos de R$ 13,8 bilhões são considerados os maiores da área privada na região Nordeste do Brasil.
A Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP) é uma joint-venture formada pela Vale (50%) e pelas empresas sul-coreanas Dongkuk (30%), maior compradora global de placas de aço, e Posco (20%), 4ª maior siderúrgica do mundo e a primeira da Coreia do Sul.
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