Rio Madeira que é afluente do Amazonas, entra em colapso ambiental por causa da seca histórica


Fonte: Folhapress
Autor: Rafael Miyake


Um dos mais importantes afluentes do rio Amazonas, o rio Madeira, atingiu uma nova mínima histórica às 12h deste sábado (14). O rio chegou a 41 cm na estação de Porto Velho (RO), segundo monitoramento do Serviço Geológico do Brasil (SGB). Essa é a menor marca desde 1967.

A marca história acontece em meio à estiagem severa que afeta o rio Madeira. Na última segunda-feira (9), o SGB havia divulgado que, diante dos baixos níveis, uma nova régua foi instalada na estação da capital rondoniense que mede até a cota 0 cm.

Naquele dia, o rio havia atingido 75 cm, seu menor nível desde que o monitoramento começou. "Teremos pelo menos mais 30 dias de estiagem e, se houver um atraso nas chuvas, esse período vai ser ainda maior", explicou, na ocasião, o engenheiro-hidrólogo Guilherme Jordão Cardoso, ligado ao SGB.


Desde junho, o sistema registra níveis abaixo da normalidade do rio Madeira, na estação de Porto Velho. A situação impacta o abastecimento de água para comunidade, afeta a geração de energia e causa prejuízos ao transporte fluvial.

A estiagem prolongada pode impactar a vazão do rio e interromper a geração de energia nas usinas de Jirau e Santo Antônio, em Rondônia. "Hoje a operação dessas hidrelétricas já está com muita restrição. Daqui a pouco pode haver uma parada, e não conseguirão ter a capacidade de gerar energia. E aí a gente começa a ver, não só um cenário de escassez hídrica, como de restrição energética", explicou Cardoso.

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